terça-feira, 16 de agosto de 2016

UNICEF




Iraque: segundo o relatório da UNICEF - A Heavy Price for Children -  3.6 milhões de crianças,  1 em cada 5, correm sério perigo de morte, ferimentos, violência sexual, rapto e recrutamento por grupos armados. O documento revela que o número de crianças expostas a estas violações aumentou 1.3 milhões em 18 meses, e que, neste momento, 4.7 milhões de crianças precisam de assistência humanitária – um terço de todas as crianças iraquianas. O relatório documenta a escala e a complexidade da crise humanitária num país fragilizado por quatro décadas de conflito, insegurança, negligência e onde o impacto sobre as crianças piora de dia para dia. Nos últimos dois anos e meio, cerca de 1500 crianças foram raptadas no país – um dado verdadeiramente chocante que representa uma média de 50 raptos por mês, muitas delas forçadas a combater ou sujeitas a abusos sexuais. O relatório mostra também que, desde o início de 2014, cerca de 10% das crianças iraquianas – mais de 1.5 milhões – viram-se obrigadas a abandonar as suas casas devido à violência. Quase uma em cada cinco escolas não estão em condições de ser utilizadas e perto de 3.5 milhões de crianças em idade escolar estão fora da escola. 

Síria: em Alepo, 2 milhões de pessoas não têm acesso a água canalizada através da rede de abastecimento pública devido à escalada de ataques e combates que danificaram os sistemas elétricos necessários para o fornecimento de água à cidade. No dia 31 de Julho, foi atingida a central elétrica que permitia o fornecimento de água para as zonas este e oeste de Alepo. As autoridades conseguiram restabelecer rapidamente uma linha de eletricidade alternativa no dia 4 de Agosto e o sistema de abastecimento de água da cidade voltou a funcionar. Mas em menos de 24 horas, os confrontos intensificaram-se e o sistema foi novamente danificado, deitando por terra todos os esforços de reparação. “As crianças e as famílias em Alepo estão a enfrentar uma situação catastrófica. Estes cortes ocorrem em plena onda de calor, colocando as crianças em risco grave de doenças transmissíveis pela água” denuncia o representante da UNICEF na Síria. Se o fornecimento da água não for restabelecido nos próximos dias, dois milhões de habitantes serão forçados a recorrer a fontes de água não potável.


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