domingo, 20 de novembro de 2016

Dia Universal dos Direitos da Infância



Foi a 20 de novembro de 1959 que se proclamou mundialmente a Declaração dos Direitos das Crianças e foi a 20 de novembro de 1989 que a ONU adotou a Convenção sobre os Direitos da Criança.

Apesar dos progressos significativos alcançados para as crianças nas últimas décadas, perto de seis milhões de crianças continuam a morrer anualmente de causas evitáveis  -  e as crianças dos agregados familiares mais pobres têm duas vezes mais probabilidades de morrer antes dos cinco anos do que as crianças de meios mais ricos. - denuncia a UNICEF

Perto de 50 milhões de crianças foram obrigadas a abandonar as suas casas e estão agora desenraizadas  -  das quais 28 milhões deslocadas por conflitos. Os direitos das crianças encurraladas em zonas sob cerco — nomeadamente na Síria, no Iraque e no norte da Nigéria — estão ainda mais ameaçados, pois as suas escolas, hospitais e casas têm sido alvo de ataques. A nível global, perto de 250 milhões de crianças vivem em países afetados por conflitos.

Quase 385 milhões de crianças vivem na pobreza extrema e mais de 250 milhões de crianças em idade escolar não estão a aprender. Perto de 300 milhões de crianças vivem em zonas com os níveis tóxicos de poluição do ar mais elevados  -  seis vezes superior aos valores definidos internacionalmente.



De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), há cerca de 4 milhões de crianças refugiadas sem acesso à educação. Só na Síria há mais de 2 milhões de crianças que não vão à escola por causa da guerra.
Segundo o Relatório divulgado em Setembro, a probabilidade dos refugiados não frequentarem a escola é cinco vezes mais elevada do que a média mundial de crianças sem acesso à educação.

"Isto representa uma crise para milhões de crianças refugiadas", disse Filippo Grandi, Alto Comissário da ONU para os Refugiados. "A educação para os refugiados é dolorosamente negligenciada, quando de facto é uma das poucas oportunidades que temos para transformar e construir a próxima geração para que possam mudar as dezenas de milhões de pessoas deslocadas à força em todo o mundo".

Comparando os dados do ACNUR com os da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) relativos às matrículas escolares, percebe-se que apenas 50% das crianças refugiadas vão à escola primária, quando a média mundial é de 90%. Quanto mais crescidos, maior o fosso: 22% dos adolescentes refugiados frequentam a escola secundária contra a média mundial que é de 84%; e só 1% vai à universidade, comparativamente com os 34% a nível mundial.

O ACNUR destaca que há cada vez mais refugiados que são menores de idade, alertando que a tendência é de crescimento. A agência da ONU recorda que os refugiados vivem, com muito frequência, em lugares onde os governos já têm problemas para poder oferecer educação às suas próprias crianças, pelo que a logística e os recursos para os refugiados implica esforços adicionais. Mais de metade das crianças refugiadas que não vão à escola encontra-se em sete países: Chade, República Democrática do Congo, Etiópia, Quénia, Líbano, Paquistão e Turquia.


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