segunda-feira, 1 de maio de 2017

1º Maio - DIA DO TRABALHADOR

Não se fala apenas de garantir a comida ou um decoroso sustento para todos, mas prosperidade e civilização nos seus múltiplos aspetos. Isto engloba educação, acesso aos cuidados de saúde e especialmente trabalho, porque, no trabalho livre, criativo, participativo e solidário, o ser humano exprime e engrandece a dignidade da sua vida. O salário justo permite o acesso adequado aos outros bens que estão destinados ao uso comum.” (Evangelli Gaudium, 192)

“Perante o atual desenvolvimento da economia e as dificuldades que atravessam a atividade laboral, é preciso reafirmar que o trabalho é uma realidade essencial para a sociedade, para as famílias e para os indivíduos. O desemprego que atinge vários países europeus é a consequência de um sistema económico que já não é capaz de criar trabalho, porque colocou no centro um ídolo, que se chama dinheiro. O trabalho é um direito de todos, que deve estar disponível para todos”. (do discurso do Papa Francisco num encontro com operários italianos)

Cada homem e mulher que diariamente se esforça a realizar o seu trabalho, está a participar no plano criador de Deus Pai. Por isso qualquer ataque à dignidade do trabalho humano é um ataque à dignidade dos homens e mulheres que o realizam e, consequentemente, uma negação de Deus. O desemprego, a precariedade laboral, o subemprego, a economia paralela, as condições de exploração e insegurança, o trabalho infantil, a discriminação laboral por razão de sexo ou raça, a injustiça e discriminação salarial, tudo isto constituem atentados à dignidade humana cometidos contra os trabalhadores e que se repercutem gravemente nas suas condições de vida e das suas famílias, desumanizando a sua existência. Quando a sociedade põe no centro o dinheiro e não a pessoa, nega a primazia do ser humano sobre as coisas, nega a primazia de Deus. O modo de conceber, hoje em dia, o trabalho, gera pobreza e exclusão e desumaniza o trabalho e o trabalhador.” (da nota da Comissão Episcopal Espanhola para a celebração do 1º de Maio)

A Plataforma ‘Compromisso Social Cristão’, que congrega sete organizações da Igreja Católica em Portugal, lançou uma proposta de reflexão para a celebração o 1.º de maio, sublinhando a “dignidade” de quem trabalha ou procura emprego. Queremos em conjunto procurar ações concretas que nos façam ser parte ativa neste olhar de uma ecologia integral que crie a mudança, promova a criação de valor para todos, promova uma cultura de inclusão, em vez de exclusão, promova a dignidade de todos e de cada um dos trabalhadores, em vez de uma cultura utilitarista e de descarte”, explica o documento, intitulado Ser cristão no trabalho:um desafio  




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