sábado, 17 de junho de 2017

A terra é a nossa casa, o nosso futuro!


A aridez dos solos que atinge a totalidade do interior Algarvio e do Alentejo, está a progredir para as zonas do noroeste, tradicionalmente uma das mais pluviosas da Europa, e a aumentar nas zonas do litoral sul e montanhas do Centro.

Estes dados são adiantados pela Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, neste dia 17 de junho, que as Nações Unidas declararam como Dia Mundial da Combate à Desertificação e à Seca.


Em Portugal, e segundo o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação para o período 2008-2018, 32,6 % do território nacional encontra-se em situação degradada e 60,3% estão em condições razoáveis a boas.

Este ano, as Nações Unidas lembram a todos o papel importante do solo na produção de alimentos e na criação de emprego local, como uma forma de aumentar a sustentabilidade, estabilidade e segurança no Mundo. Sem solos saudáveis e produtivos, surge a pobreza, a fome e a necessidade de emigração, que muitas vezes gera conflitos e problemas humanitários gravíssimos.

Se é verdade que os países mais afetados e vulneráveis à desertificação são, na sua maior parte, os mais pobres e menos desenvolvidos do Mundo, não é menos verdade que o problema é mais abrangente e também bate à porta dos chamados países desenvolvidos. Na Europa, em virtude das profundas alterações ocorridas durante as últimas décadas nas áreas rurais, os modelos tradicionais de gestão agro-silvo-pastoril sofreram profundas transformações e o valor económico e social da terra sofreu profundas transformações, que em muitos casos se traduziram na degradação dos solos e no consequente abandono da terra.

Nas causas apontadas para a degradação da terra em Portugal, estão a utilização do solo com culturas agrícolas intensivas de regadio, com contaminação por pesticidas e fertilizantes, erosão e alterações da paisagem; a (re)arborização dos espaços florestais com espécies exóticas e consequente perda de biodiversidade e esgotamento dos solos e dos aquíferos; os incêndios recorrentes; os problemas socioeconómicos, que afastam as pessoas do interior.

Como o combate à desertificação não se pode dissociar da luta pela conservação e proteção dos solos, a Quercus, como coordenadora em Portugal da Iniciativa de Cidadania Europeia (ICE)  People4Soil, apela a que todos apoiem e assinem esta ICE que está a decorrer até Setembro de 2017, através do link People4Soil



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