terça-feira, 18 de julho de 2017

NELSON MANDELA



“O que conta na vida não é o simples facto de vivermos. A diferença que fizermos na vida dos outros é que determina a importância da vida que levamos.”

Em 2009 a ONU declarou o dia 18 de julho como o “Dia Internacional Nelson Mandela”, como forma de  prestar  homenagem a um dos grandes impulsionadores da democracia e da paz no mundo e de lembrar que cada homem tem um impacto no mundo e o poder de o mudar.

Do discurso proferido por Nelson Mandela, em 1964, no tribunal da Pretória, aquando da abertura do processo de defesa, no julgamento de Rivonia. Estava preso há já dois anos.

“A África do Sul é o país mais rico de África, e poderia ser um dos países mais ricos do mundo. Mas é uma terra de extremos e contrastes notáveis. Os brancos desfrutam o que pode muito bem ser o mais alto padrão de vida no mundo, ao passo que os africanos vivem na pobreza e na miséria. A queixa dos africanos, no entanto, não é só por serem pobres e os brancos ricos, mas o facto das leis feitas pelos brancos serem projetadas para perpetuar essa condição. Há duas formas de sair da pobreza. A primeira é através da educação formal, e a segunda é o trabalhador adquirir maior habilitação no seu trabalho e assim, salários mais elevados. 
(…) A única cura é alterar as condições em que os africanos são forçados a viver e satisfazer suas queixas mais legítimas. Os africanos querem ter um salário digno. Querem realizar um trabalho que são capazes de fazer e não trabalhar naquilo em que o governo declara que sejam capazes de fazer. Durante a minha vida dediquei-me a esta luta do povo africano. Lutei contra a dominação branca e também contra a dominação negra. Estimo o ideal de uma sociedade democrática e livre na qual todas as pessoas possam viver juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal pelo qual espero viver e ver realizado. Mas, meu Senhor, se preciso for, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer”.

Do primeiro discurso público de Nelson Mandela, após a sua libertação da prisão, em 1990.

“Amigos, camaradas e companheiros sul-africanos, saúdo todos vós em nome da paz, democracia e liberdade para todos. Estou aqui diante de vós não como um profeta, mas como um humilde servo do povo. Vossos sacrifícios incansáveis e heróicos tornaram possíveis para mim estar aqui hoje. Por isso, coloco os anos restantes da minha vida nas vossas mãos. Neste dia da minha libertação estendo a minha gratidão sincera e mais calorosa aos milhões de compatriotas e a todos, nos quatro cantos do mundo, que fizeram uma campanha incansável pela minha libertação.
A necessidade de unir o povo do nosso país é uma tarefa tão importante agora como sempre foi. Nenhum líder individual é capaz de assumir essa enorme tarefa por conta própria. É nossa tarefa como líderes colocar nossos pontos de vista antes da nossa organização e permitir que as estruturas democráticas decidam sobre o caminho a seguir. Sobre a questão da prática democrática, sinto o dever de observar que um líder do movimento é uma pessoa que foi eleita democraticamente numa eleição nacional. Este é um princípio que deve ser acolhido sem quaisquer exceções”.

Do discurso anunciando a sua retirada de cargos políticos, em 2004.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar. A educação é a arma mais forte que se pode usar para mudar o mundo. Os sonhos um dia podem tornar-se realidade e não há caminho fácil para a liberdade. A luta tem que ser diária e com perseverança para podermos atingir o objetivo de, um dia, as pessoas viverem como verdadeiros irmãos, com liberdade e respeito pelo seu semelhante”. 


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